Hematoma subdural agudo no Serviço de Emergência do Hospital Universitario “General Calixto García”, Cuba

Resumo

Introdução: estima-se que a população exposta a traumatismo cranioencefálico tenha chance entre 12% - 29% de desenvolver hematoma subdural agudo. Sua mortalidade varia de 50% a 90%, dependendo da série.

Objetivo: descrever as características dos pacientes tratados cirurgicamente de hematoma subdural agudo no Hospital Universitario “General Calixto García” de Havana, Cuba, durante o ano de 2023.

Método: foi realizado um estudo observacional, descritivo e transversal em um universo de 49 pacientes (N = 49) com diagnóstico de hematoma subdural agudo. A amostra foi composta por 44 pacientes (n = 44) submetidos a procedimentos cirúrgicos. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, causas da lesão, valor da Escala de Coma de Glasgow, presença de sinais de imagem de mau prognóstico e procedimento realizado. A análise estatística foi realizada por meio do teste Qui-quadrado.

Resultados: o sexo predominante foi o masculino (81,8%), com média de idade de 60,2 anos. A principal causa do aparecimento do hematoma foram as quedas (38,6%). Os valores da Escala de Coma de Glasgow ficaram entre 3 - 8 pontos (61,3%). Predominou a ausência de sinais de imagem de mau prognóstico (56,8%). O procedimento cirúrgico mais utilizado foi a craniectomia (59,0%).

Conclusões: o sexo masculino prevalece no diagnóstico, geralmente idosos com lesões causadas por quedas. São demonstradas relações com relevância estatística entre a Escala de Coma de Glasgow, com a presença de sinais imagiológicos de mau prognóstico e com a seleção do procedimento cirúrgico, relacionadas com valores elevados da escala com a ausência de sinais e com a seleção da craniotomia como método cirúrgico.