Caracterização do trauma facial em um hospital pediátrico público de Quito, Equador
Palavras-chave:
fraturas faciais, trauma facial, crianças, trauma pediátrico, trauma maxilofacialResumo
Introdução: o trauma facial em crianças é raro, porém continua sendo a principal causa de morbidade e mortalidade pediátrica em vários países, pois as crianças são mais propensas a sofrer fraturas faciais porque o tamanho da cabeça é maior em relação ao corpo (8: 1). Objetivo: caracterizar traumas faciais em crianças atendidas em um hospital pediátrico público de Quito, Equador. Método: estudo descritivo retrospectivo por meio da coleta de dados de prontuários de pacientes com histórico de trauma facial atendidos pelo serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial de um hospital pediátrico público da cidade de Quito, no período de abril de 2017 a dezembro de 2017. Foram coletados dados referentes às variáveis: idade, sexo, etiologia do trauma facial e estrutura facial afetada. Resultados: foram atendidos 320 pacientes, dos quais 39 pacientes apresentaram lesões faciais. A incidência de trauma facial neste hospital pediátrico correspondeu a 12,18%. A faixa etária com maior número de traumas faciais foi o grupo II (entre 6 e 11 anos), que correspondeu a 56,41% (22), seguido do grupo I (entre 0 e 5 anos) com 30,77%. 12,82%. O sexo masculino predominou com 56,41% dos casos. A maior incidência entre os fatores etiológicos correspondeu aos acidentes de trânsito (35,9%), seguidos das quedas (33,33%) e das agressões físicas (30,77%). O terço médio da face foi a estrutura anatômica mais acometida (46,15%). Conclusões: são alcançados resultados importantes para estabelecer informações e parâmetros de assistência hospitalar. Recomendam-se novos estudos com um número maior de pacientes durante um período prolongado de tempo para poder relacionar diferentes variáveis e estabelecer o comportamento do trauma facial em nosso meio.
Downloads
Referências
2. Senders CW. Management and midfacial fractures in children. Oper Tech Otolaryng Head Neck Surg [Internet]. 2003 [citado 10 Nov 2023]; 14(2):163-165. DOI: https://doi.org/10.1016/S1043-1810(03)90016-9
3. Iatrou I, Theologie-Lygidakis N, Tzerbos F. Surgical protocols and outcome for the treatment of maxillofacial fractures in children: 9 years' experience. J Cranio-Maxillof Surg [Internet]. 2010 [citado 10 Nov 2023]; 38(7):511-516. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jcms.2010.02.008
4. González E, Pedemonte C, Vargas I, Lazo D, Pérez H, Canales M, Verdugo-Avello F. Fracturas faciales en un centro de referencia de traumatismos nivel I. Estudio descriptivo. Rev Esp Cir Oral Maxilof [Internet]. 2015 [citado 10 Nov 2023]; 37(2):65-70. DOI: https://doi.org/10.1016/j.maxilo.2013.09.002
5. Bae SS, Aronovich S. Trauma to the pediatric temporomandibular joint. Oral Maxillo Sur Clin Nor Am [Internet]. 2018 [citado 10 Nov 2023]; 30(1):47-60. DOI: https://doi.org/10.1016/j.coms.2017.08.004
6. Vyas RM, Dickinson BP, Wasson KL, Roostaeian J, Bradley JP. Pediatric facial fractures: current national incidence, distribution, and health care resource use. J Craniofac Sur [Internet]. 2008 [citado 13 Nov 2023]; 19(2):339-349. Disponible en: https://journals.lww.com/jcraniofacialsurgery/Fulltext/2008/03000/Retrospective_Study_of_1251_Maxillofacial.00010.aspx
7. Boyette JR. Facial fractures in children. Otolaryng Clin North Am. 2014; 47(5):747-761.
8. Hernández NR. Manejo del trauma facial: una guía práctica. Rev Méd Clín Condes [Internet]. 2010 [citado 13 Nov 2023]; 21(1):31-39. DOI: https://doi.org/10.1016/S0716-8640(10)70503-4
9. Mardones MM, Fernández TMLA, Bravo AR, Pedemonte TC, Ulloa MC. Traumatología máxilo facial: diagnóstico y tratamiento. Rev Méd Clín Condes [Internet]. 2011 [citado 13 Nov 2023]; 22(5):607-616. DOI: https://doi.org/10.1016/S0716-8640(11)70472-2
10. Fonseca R, Walker R, Barber D, Powers M, Frost D. Oral and Maxilofacial trauma. 4 ed. USA: Elsevier Saunders; 2013.
11. Castillo JD. Manual de Traumatología facial. España: Editorial Ripano; 2007.
12. Cueto L, Sanchez R. Fracturas y procesos infecciosos de la cara. Radiología. 2011; 53(1):23-29.
13. Bobrowski AN, Torriani MA, Sonego CL, Post LK, Júnior OC. Complications associated with the treatment of fractures of the dentate portion of the mandible in pediatric patients: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg [Internet]. 2017 [citado 13 Nov 2023] 46(4):465-472. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijom.2016.12.010
14. Lopez A, Martin Granizo R. Cirugía oral y maxillofacial. 3ed. España: Editorial Médica Panamericana; 2012.
15. Burkat C, Lemke B. Anatomy of the orbit and its related structures. Otolaryng Clin North Am [Internet]. 2005 [citado 13 Nov 2023]; 38(5):825-856 DOI: 10.1016/j.otc.2005.03.017
16. Pons Y, Pons E, Raynal M, Lepage P, Hukemoller I, Kossowski M. Traumatismos del tercio medio facial. EMC-Otorrinolaringología [Internet]. 2011 [citado 13 Nov 2023]; 40(2):1-17. DOI: https://doi.org/10.1016/S1632-3475(11)71052-9